Ministério Público investiga as quatro empresas em sete cidades no RJ.
Programa mostrou como é feito desvio em licitações de saúde pública.
As quatro empresas denunciadas no domingo passado no Fantástico estão sendo investigadas pelo Ministério Público em sete cidades do estado do Rio de Janeiro. No domingo passado, o programa mostrou como funciona um esquema para fraudar licitações e contratos de saúde pública, feito entre empresas fornecedoras e funcionários públicos. Em reportagem exibida neste domingo (25), o Fantástico mostra que as empresas são agora investigadas pelo MP em pelo menos 46 inquéritos e ações civis públicas - 15 deles pelas supostas fraudes.
A Locanty é a campeã no ranking das investigações, com 26 no total. Há suspeitas de irregularidades até no socorro à região serrana, onde mais de 900 pessoas morreram em janeiro do ano passado em decorrência direta das chuvas.
A Locanty é a campeã no ranking das investigações, com 26 no total. Há suspeitas de irregularidades até no socorro à região serrana, onde mais de 900 pessoas morreram em janeiro do ano passado em decorrência direta das chuvas.
A Locanty foi uma das 20 empresas que receberam para remover lama e entulho das sete cidades atingidas pelo temporal, sem ter qualquer contrato assinado com o governo do estado. Pelo serviço, ganhou R$ 670 mil. Para o Ministério Público Federal, há dúvidas sobre como esse serviço foi prestado. Existe a suspeita de que o valor cobrado não foi compatível com a quantidade de horas trabalhadas.
"Há aí uma irregularidade formal, que eu considero séria", disse o procurador da república Macelo Medina durante a nova reportagem do Fantástico. "Contrato prévio estabelece as obrigações das partes envolvidas no contrato, pactua o preço e prevê garantias para o caso de descumprimento contratual. Na ausência de contrato, não houve nada disso."
A Toesa, outra empresa envolvida, teve seus bens bloqueados por ordem da Justiça. O motivo é suspeita de fraude num contrato de quase R$ 5 milhões com o governo do Rio para manutenção de carros de combate à dengue. Segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE), parte do serviço não foi feita: uma insperação do próprio TCE encontrou veículos "inoperantes e inservíveis".
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