Brumado vive a pior seca dos últimos 50 anos

Os habitantes do meio rural já começam a mostrar desespero com a situação (Foto: Cordec)

Segundo dados do DNOCS – Departamento Nacional de Obras contra as Secas – o município de Brumado vive a pior seca dos últimos 50 anos. A situação é extremamente preocupante e o prefeito Eduardo Vasconcelos acabou de fazer a confirmação em seu programa semanal de rádio. O chefe do executivo brumadense, mostrando extrema preocupação com a situação transmitiu todos os dados repassados pelo DNOCS e disse que o município está procurando fazer a sua parte, buscando de todas as formas ampliar a operação carro-pipa que foi retomada pelo Exército Brasileiro. Segundo o prefeito atualmente estão sendo disponibilizados à população do meio rural 68 caminhões diários, mas esse número deverá ser estendido para 80, caso haja uma liberação por parte da Embasa. Mesmo nas entrelinhas o prefeito deixou transparecer que a crise, que já é extremamente severa, pode se agravar e provocar um colapso no abastecimento em várias localidades rurais, isso se não houver a liberação por parte da Embasa para o aumento dos caminhões. Segundo fontes não oficiais, a partir desta segunda-feira (02) em vez de autorizar a ampliação a Embasa irá reduzir a distribuição para 40 caminhões ao dia, mostrando que poderemos ter um futuro racionamento. Caso seja confirmada mesmo essa redução por parte da Embasa, os 20 mil habitantes da zona rural poderão estar mesmo a mercê de um colapso, pois segundo dados a Coordenadoria de Defesa Civil Municipal, cerca de 90% das localidades do interior do município estão com o abastecimento extremamente comprometido. A grande esperança seriam as chuvas, mas, segundo as previsões não há grandes possibilidades de intensas precipitações pluviométricas para os próximos dias, o que cria mesmo um clima de grande temor. O mês de março, que, tradicionalmente traz muitas chuvas para a região, desta feita, teve somente a manutenção da tradição religiosa de São José, chovendo apenas no dia 19 de março, o que é muito pouco para atender a demanda. Então fica ai um grande desafio às três esferas de poder, pois caso mesmo não chova nos próximos 45 dias a possibilidade da decretação de um estado de calamidade pública é provável.

Autor(a): Daniel Simurro